Esta pergunta é complicada e divertida. A gente não sabe se leva em consideração a importância política, econômica ou da indústria cultural dos países do globo, para avaliar esse "mercado" de línguas. Ficamos desnorteados, em um primeiro momento! Hoje em dia os EUA dominam estas três áreas (economia, política e cultura), é uma superpotência (está para além do conceito de potência que conhecíamos). Não houve, portanto, especialização de línguas para estas três áreas, ou, ainda, para as suas sub-áreas: o inglês aglutinou tudo.
O motivo não é a facilidade da língua inglesa, mesmo porque não se pode afirmar que língua alguma seja fácil.Falar polidamente, empregar os termos exatos, evitar gafes, sempre será tarefa das menos simples. Talvez tenhamos esta impressão, pois o alfabeto é o mesmo e há uma quantidade enorme de palavras parecidas nas duas línguas. Mas o mesmo não ocorre para um coreano, por exemplo, que também é obrigado a aprender inglês.
Acho que depois do inglês, nenhum idioma vai dominar de vez este "mercado", assim como aconteceu com o francês. Acho que do ponto de vista econômico e político o mandarim deve crescer em importância. Do ponto de vista político e cultural o espanhol deve ganhar mais destaque. O inglês, mesmo sendo o império estadunidense superado (pela China, por exemplo), deve continuar com uma importância incrível no campo da cultura. É bom lembrar que a Inglaterra não é mais a potência principal do mundo mais exerce uma influência cultural grande ainda hoje.